o filho tece o seu círculo brancoe dentro do círculo se inscrevecada dia mais distante ri um risode crisântemos levese tece de púrpura o seu silêncioo filho empurra o pai de madrugadae os dias do pai não têm hora de acabartodas as horas são do filhoque em casa traça um círculo inexpugnávela espaços o pai suspende o imenso laborpara limpar a água que escorre por ele abaixoe na pele do braço fica uma nódoa de suorcomo um acossado o pai despenha-se cada diana imensa dor do filho absortopara aparar na queda o terror do meninoafugentar os seus impávidos fantasmascresce o menino no seu círculo brancoe cada dia o paiabre nesse círculo minúsculas brechaspor onde se escapa uma pequenina luz
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