casas vazias de vozes e de gente









casas vazias de vozes e de gente
erguidas com paredes  de silêncio
mas onde cada coisa  se ilumina
com o rasto lunar de coisa ausente

de olhos fechados percorro
os longos corredores vagueio
pelos quartos  pelas salas
de tudo vejo as cores e os formatos

como grandes navios naufragados
as casas  permanecem sob as águas
às vezes estremecem como as algas
ao sabor das correntes e das lágrimas


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