restam das tardes de verão

 




 

restam das tardes de verão

o eco da azáfama das aves

ao crepúsculo

esta melancolia que cai

poalha fria

 

restam os dedos cheios de tempo

duras  raízes entrelaçadas

a estranheza do rosto que se inclina

sobre um rosto ignorado

 

resta coisa nenhuma:

a  poeira inútil de uma estrela sem lume

 

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