foste meu chão
todo o meu corpo repousava em ti
vinham ventos e marés
desdobravam-se os dias hesitando a luz
mas tuas mão traziam o sol numa bandeja
e tudo se iluminava
não era milagre nenhum
eras tu presente como a árvore da rua
quotidiana infalível
eras meu cais da alegria
porque cantavas na noite sem espinhos
e sob os beirais dos quiosques dizias versos
límpidos de palavras como asas
foste chão cais do meu assombro
ilha resguardada
dos tempos sem retorno
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