entram com o vento

 

entram com o vento num turbilhão de folhas

rindo  com os cabelos  molhados

colados às faces limpas

e lambendo dos lábios as gotas que pingam

 

riem um riso que se solta

 de improviso

num estremecimento juvenil

de rir por tudo e por nada

 

e os  corpos tão novos 

 tão trémulos  da chuva

e do vento que os agita

e tão livres meu deus

tão perfumados de  início

e  sem tempo

 

 

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