na noite escreve seu cantar de amante

 

na noite escreve seu cantar de amante

aquela que da noite fez um rio

correndo pelas veias transbordante

de sonhos de destroços desvarios

 

naquela busca terna e incessante

de um amor maior puro e bravio

que fosse chão e telha e desse abrigo

a quem  viveu a vida sempre errante

 

 nesse cantar nocturno e desolado

de versos a tocar a  solidão

um rio permanece inacabado

 

correndo acorrentado ao coração

da amante do amor nunca encontrado

sua busca sem fim ardendo em vão

 

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