por ti me alvoroço

 

por ti me alvoroço

esqueço as esquinas os becos  cegos os lobos

e meu coração atinge  as verdes auroras

por ti me afoito em   heroísmos

de não temer a brancura dos abismos

por ti esqueço cansaços  desço  barrancos

de mãos  destemidas até ao último desmaio

por ti peço à derradeira estrela sua incandescência

e às aves que atendam seus instintos

que as luas sejam  mansas

que as ondas poupem dos náufragos  suas almas marinhas

por ti meus dias consagrados  ao arado

meus segredos meu pão de trigo a meias

 por ti as noites todas estendidas

numa esteira de palha deslumbrada

 

 

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