a manhã desponta

 


 

a manhã desponta

na ponta dos ramos

no canto das aves

nas pedras da rua

 

a manhã cintila

nos vidros dos prédios

nas varandas velhas

comidas da chuva

 

a manhã azula

nos becos  escuros

as asas dos pombos

inchadas do voo

 

e  no seu  início

as sílabas – puras

notas de alegria

que alguém entoa

a louvar o dia

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