alto como um cipreste deambula

 



 

alto como  um cipreste deambula

por  paisagens  cansaços amarguras

 

como um cipreste triste deambula

por avenidas  becos escuros 

atalhos pobres  ruas sem saída

 

sombrio como um cipreste à chuva

olha desamparado o céu

e pergunta-se   onde parar

se  lugar nenhum lhe devolve  

a paz das fontes  a candura

 

deambula

e seu corpo de ossos finos

parece que flutua

 

 

Comentários