elas chegam cedo

 


 

elas  chegam cedo

para armar as bancas

onde espalham  os peixes

de guelras ainda palpitantes

 

depois ficam por ali sonolentas todo o dia

na modorra das horas

enxotando as moscas e os filhos

que se enrolam nas saias coloridas

 

e  quando o mar engole o sol

num trago repentino

recolhem as bancas vazias

e com os filhos dormindo

presos nos panos atados à cintura

entram na noite baloiçando

as  ancas movediças

 

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