naquele feixe de cardos

 

naquele feixe de cardos

naquela teia de lume

naquele tecto de musgos

naquela parede de água

 

os teus olhos tão perdidos

 

naquela estátua de neve

naquele muro de xisto

naquela vela apagada

naquela porta com  trinco

 

os teus olhos tão perdidos

 

naquela gruta  de pedras

naqueles cantos escusos

naqueles túneis sem fundo

naquelas grades de ferro

 

os teus olhos a gritar

e à volta tudo mudo

 

 

 

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