já as paisagens azuis

 


 

já as paisagens azuis

não moldam os sonhos

já o outono lança suas névoas

em redor dos joelhos

 

 apesar de a alegria já não brotar

em forma de jacto a tocar o céu

de não  se abrirem já os olhos de espanto

como no tempo em que o entusiamo

era uma mola rápida que se soltava

 

creio que hás-de  voltar

porque as noites continuam azuis

e temos dois bancos  debaixo da oliveira

 para  repararmos a teia que o tempo destruiu

                             

 

 

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