vieram as abelhas douradas até ao último refúgio
iluminaram à passagem o silêncio das casas
atravessaram a vastidão das planícies
trouxeram na vibração das asas
os límpidos ares que rondam os cimos
vieram para destecer crisálidas
e suas bocas minúsculas beberam a noz do lume
poisaram nos ombros dos vagabundos
que vagueiam por bosques becos e ruínas
e sempre repetem febris caminhos
sibilantes desordeiras e douradas
agitaram os ares numa dança contínua
para reacender os corações perdidos
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